Revisão do PL/272 - Carta ao relator Ver. Paulo Frange (não respondida)
Prezado Vereador Paulo Frange,
Desde o dia 17 de Agosto passado, quando da Audiência na Câmara dos Vereadores sobre as ZEUs e ZCs vimos solicitando aos técnicos e claro, por extensão aos responsáveis pela revisão do PL 272, que nos esclareçam quanto as razões técnicas para terem decidido que a Rua São Benedito deveria ser uma ZCOR-3 ( e à época- ZC do lado ímpar). E continuamos sem resposta.
Como resposta temos ouvido que é: “ é vocação da rua”, “ a rua está deteriorada”, “ a rua já é majoritariamente comercial”. Temos contestado que: a) rua não tem vocação , mas pode ter uma aparente tendência de uso , resultante da incúria da fiscalização; b) a rua não está deteriorada e c) os trechos a serem transformados em ZCOR-3 são de uso majoritariamente residencial. Nenhuma dessas justificativas se sustenta e muito menos podem ser consideradas técnicas. Lembrando que a rua tampouco se enquadra na definição de ZCOR-3 constante do projeto de lei enviado à Câmara e mantido em sua minuta:
”III - Zona Corredor 3 (ZCOR-3): trechos junto a vias que estabelecem conexões de escala regional, destinados à diversificação de usos de forma compatível à vizinhança residencial e à conformação de subcentro regional;” (nosso negrito)
Na minuta de revisão eliminou-se a ZC e manteve-se ZCOR-3 nos dois lados da rua. Novamente solicitamos a na V.Exa. Audiência Pública devolutiva da Zona Sul em 1 de Dezembro, o porquê desse zoneamento tão permissivo, a nosso ver inadequado e destrutivo para a região, não obstante haver possível conciliação entre as demandas daqueles que hoje violam o zoneamento e as necessidades de proteção da ZER. V.Exa. comentou que a opção por ZCOR-3 se deu tendo em vista “estudos que demonstravam que seria essa a única opção economicamente viável", ou seja que só ampliando a gama de usos (liberalidade), o uso não residencial seria viável (lucrativo).
Sr. Vereador Frange, entendo que V.Exa. se veja pressionado com a imensidão da tarefa, e com os prazos exíguos, caso contrário tenho certeza que jamais apresentaria tal justificativa: se a rua tem pouca viabilidade econômica, exceto se tudo for permitido, porque retirar dela seu caráter residencial?
Há escassez de áreas para que o comércio de Santo Amaro cresça? E toda a área do parque industrial desmontado? E o próprio centro histórico de Santo Amaro que clama por uma recuperação e requalificação?
Se ZCOR-2 não pode ser aplicado à Av. Brasil, Rua Groenlândia, a avenidas do Morumbi, entre outras e se ZCOR-2 está sendo aplicado a Avenidas como Washington Luís, Europa, Eusébio Matoso, Francisco Morato e a ruas como Alvarenga e Gabriel Monteiro da Silva, como explicar ZCOR-3 na pequena Rua São Benedito???.
Contínuamos a acreditar ser um equívoco e um exemplo de descaso em relação a uma área importante e vulnerável da cidade. A ser transformada em realidade essa opção de zoneamento levará à deterioração de toda uma área ambientalmente importante da cidade. Contínuamos também acreditar na sua seriedade e na sua capacidade de re-avaliar com equilíbrio essa proposta.
Cordialmente,
Nancy Cardia.
Presidente da Associação dos Amigos do Bairro do Alto da Boa Vista, SABABV
Desde o dia 17 de Agosto passado, quando da Audiência na Câmara dos Vereadores sobre as ZEUs e ZCs vimos solicitando aos técnicos e claro, por extensão aos responsáveis pela revisão do PL 272, que nos esclareçam quanto as razões técnicas para terem decidido que a Rua São Benedito deveria ser uma ZCOR-3 ( e à época- ZC do lado ímpar). E continuamos sem resposta.
Como resposta temos ouvido que é: “ é vocação da rua”, “ a rua está deteriorada”, “ a rua já é majoritariamente comercial”. Temos contestado que: a) rua não tem vocação , mas pode ter uma aparente tendência de uso , resultante da incúria da fiscalização; b) a rua não está deteriorada e c) os trechos a serem transformados em ZCOR-3 são de uso majoritariamente residencial. Nenhuma dessas justificativas se sustenta e muito menos podem ser consideradas técnicas. Lembrando que a rua tampouco se enquadra na definição de ZCOR-3 constante do projeto de lei enviado à Câmara e mantido em sua minuta:
”III - Zona Corredor 3 (ZCOR-3): trechos junto a vias que estabelecem conexões de escala regional, destinados à diversificação de usos de forma compatível à vizinhança residencial e à conformação de subcentro regional;” (nosso negrito)
Na minuta de revisão eliminou-se a ZC e manteve-se ZCOR-3 nos dois lados da rua. Novamente solicitamos a na V.Exa. Audiência Pública devolutiva da Zona Sul em 1 de Dezembro, o porquê desse zoneamento tão permissivo, a nosso ver inadequado e destrutivo para a região, não obstante haver possível conciliação entre as demandas daqueles que hoje violam o zoneamento e as necessidades de proteção da ZER. V.Exa. comentou que a opção por ZCOR-3 se deu tendo em vista “estudos que demonstravam que seria essa a única opção economicamente viável", ou seja que só ampliando a gama de usos (liberalidade), o uso não residencial seria viável (lucrativo).
Sr. Vereador Frange, entendo que V.Exa. se veja pressionado com a imensidão da tarefa, e com os prazos exíguos, caso contrário tenho certeza que jamais apresentaria tal justificativa: se a rua tem pouca viabilidade econômica, exceto se tudo for permitido, porque retirar dela seu caráter residencial?
Há escassez de áreas para que o comércio de Santo Amaro cresça? E toda a área do parque industrial desmontado? E o próprio centro histórico de Santo Amaro que clama por uma recuperação e requalificação?
Se ZCOR-2 não pode ser aplicado à Av. Brasil, Rua Groenlândia, a avenidas do Morumbi, entre outras e se ZCOR-2 está sendo aplicado a Avenidas como Washington Luís, Europa, Eusébio Matoso, Francisco Morato e a ruas como Alvarenga e Gabriel Monteiro da Silva, como explicar ZCOR-3 na pequena Rua São Benedito???.
Contínuamos a acreditar ser um equívoco e um exemplo de descaso em relação a uma área importante e vulnerável da cidade. A ser transformada em realidade essa opção de zoneamento levará à deterioração de toda uma área ambientalmente importante da cidade. Contínuamos também acreditar na sua seriedade e na sua capacidade de re-avaliar com equilíbrio essa proposta.
Cordialmente,
Nancy Cardia.
Presidente da Associação dos Amigos do Bairro do Alto da Boa Vista, SABABV
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